Eu estou aqui. Com saudade. E resolvi escrever pra te contar que aquele dia foi muito especial e que lendo talvez você entenda como eu me senti.
Mas antes disso, eu preciso contar um pouco de histórias (acho que você já deve ter percebido que eu gosto de contar histórias). Ah, e pode ser que algumas coisas eu já tenha te falado, tipo naquele dia em que bebemos e depois tivemos que repetir o nosso “papo cabeça” porque eu me esqueci de toda a conversa sensacional que tivemos.
Tá, vou começar! Eu realizei muitos sonhos, tenho uma vida além da que eu planejava e sou feliz e grata por isso. Mas perceba, tudo é muito concreto, são coisas palpáveis, materiais. E acredite, essas conquistas continuam surgindo e é tão bom!
Eu vivo aquele extremo de alegria com todas essas coisas que acontecem, sabe? Mas é “extremo” e do mesmo jeito que surge, desaparece. Sabe como eu sei disso? Porque em alguns momentos eu tento navegar por dentro de mim e a única coisa que eu encontro é um vazio. Não, não entenda mal. Eu tenho amores, de diferentes tipos. Mas tem um vazio… que eu tento preencher das formas mais erradas que você possa imaginar.
Você consegue pensar no que viraram essas alegrias e esse vazio? Uma mistura de sentimentos no meu coração e um conflito dentro da minha cabeça.
Pois bem, chega de histórias, do famoso “contextualizar”.
Eu estava indo para mais uma festa com pessoas que eu curtia, em uma cidade que me deu muitas experiências. Daí, depois de algumas cervejas, lá estava eu, procurando alguma coisa dentro de mim. Sei lá, você já se sentiu sozinho mesmo quando estava com um bando de gente que você gosta?
Foi então que, por uma bobeira da minha mente, eu me lembrei de você. Digo “bobeira” porque já fazia tanto tempo, né?! E a primeira coisa que veio na minha cabeça foi de que você sempre esteve ali quando eu me sentia assim… é, “só estava”, sem conselhos, opiniões ou intenções.
Depois da mensagem que te mandei, surgiu aquele malicioso sorriso de canto de boca, olhando para o celular. Marcamos para eu te encontrar mais tarde na sua casa.
Foram horas de companhia, de cuidado, de novidades, de descobertas e claro, de histórias. Você estava ali, de novo, depois de muito tempo, do mesmo jeito, com um carinho inexplicável, sem me julgar e preocupado com aquele respeito que você sempre teve.
No meio da euforia da conversa, deixei meu brinco cair (só quem é desastrada entende). Ainda bem. Porque foi procurando o brinco que ficamos mais próximos e deixamos nossa sintonia controlar… e o cuidado virou tesão… e explodimos!
Presa no seu abraço, o meu coração se acalmou e a minha mente se esvaziou. Fiquei em paz, olhando para o teto branco do seu quarto.
Por Joyce Conde
@joyce_conde
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